Lar dos Velhinhos



 
SER VELHINHO


 O tempo passa igualmente para todos. Não podemos pará-lo. Não podemos voltá-lo. Seja hoje ou amanhã, todos seremos velhinhos. Velhinhos? Sim. Pois teremos cabelos brancos, rugas, um bocado de histórias para contar e muitos amigos feitos pelo caminho. Velhinhos, mas jamais velhos! Velhos são cansados, vivem de saudade do passado, não ensinam mais, seu espírito é enfraquecido e a vida não faz mais sentido. Chamamos de velho aquilo que não serve mais, aquilo que podemos dar embora. Chamamos de velhinho aquilo que temos carinho, que queremos sempre perto, que vai fazer falta, que não damos por nada e que é especial. Seja velhinho, mas jamais fique velho!

A HISTÓRIA


A história do Lar dos Velhinhos se inicia em 26 de Agosto de 1906 quando o banqueiro Pedro Alexandrino de Almeida recruta alguns amigos e conhecidos da elite de Piracicaba para ajudar na criação de uma instituição de amparo aos idosos e necessitados.
Inicialmente sobreviveu apenas de doações, voluntários e amigos dedicados. Seus diretores são contribuintes democraticamente eleitos em assembleia geral, não recebem benefício ou vantagem, e não são remunerados.  Em 1971 Jairo Ribeiro de Mattos foi convidado pelo então presidente a se candidatar para ocupar seu lugar, foi eleito e com dinamismo passou a administrar o Lar. Como já havia passado por cargos importantes como vereador e deputado estadual através de sua gestão conseguiu apoio financeiro dos setores públicos e privados.
Jairo de Mattos trouxe consigo a idealização de que o Lar deveria ser uma Cidade Geriátrica, e foi realmente o que se tornou. Podemos chamá-lo de cidadezinha, pois possui em sua extensão os chalés e flats que podem ser adquiridos pelos idosos, os pavilhões onde ficam os mais necessitados financeiramente, refeitório, salão de festa, um lindo lago, museu, imensa área de lazer, lavanderia, fraldário, setor de costura e uma cantina, também oferece médicos, dentistas, fisioterapeutas, assistência social, oficina artística e colônia de férias.
Abriga idosos de ambos os sexos, sem distinção de raça, classe social, credo ou cor. Não há muros separando as residências fazendo assim com que haja maior calor humano e amizade entre os moradores, contam também com uma área extremamente arborizada de uma beleza natural.
Esse conjunto faz do Lar um lugar aconchegante, onde funcionários e colaboradores se dedicam de corpo e alma para torná-lo mágico e especial, transmitindo aos moradores segurança e tranquilidade. Valorizando e reconhecendo a importância do próximo, o carinho mútuo, e tendo como filosofia “aquele que pode mais ajuda aquele que pode menos”.

ENTREVISTADOS

ELCE FERRAZ SALÉM

 Uma senhora de opinião forte, logo dominou a entrevista e contou detalhadamente suas experiências de vida. Atrás da câmera estava seu marido, mostrando toda a unidade e amor do casal. Ambos são felizes dentro do Lar, encontraram amigos e um lugar aconchegante para viver cada dia de uma vez, aproveitando ao máximo.





ERACLIDES VALLE FARIA

Aproximadamente 1,50m de pura doçura. Aquela vó que todos gostaríamos de ter, que não deixa você sair da casa dela sem ao menos tomar um copo de refrigerante. Com uma visão positiva da vida, nos passou em suas poucas palavras, uma lição de alegria e amor à família, mostrando-nos que devemos estar sempre perto daqueles que amamos, pois quando a vida vai chegando ao fim o sentimento que fica é a saudade




NEUZA MARIA DA SILVA

 Filha de Dona Eracides prova através de seu depoimento a confiança que deposita no Lar para cuidar da sua mãe e reafirma a importância da família e da preocupação que o local tem com cara morador, o carinho e a atenção que lhe são dados.








NOSSO DOCUMENTÁRIO

Buscamos através de nossas imagens e sons retratar a vida dentro do Lar dos Velhinhos, em alguns minutos, mostrar histórias que representam todas as outras e quebrar os preconceitos existentes sobre “asilos”. Asilo é exílio, é separação, exclusão. Lar é casa, é amor, segurança e família. Nós conhecemos o LAR DOS VELHINHOS, um lugar de pessoas que tem consciência da sua idade avançada mas que vivem cada dia com muita alegria.